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domingo, 14 de junho de 2009

Destino (atenção 8 séries)


O dom de tecer e fiar sempre inspirou os mais diversos mitos, as mais ricas narrativas. Há muito tempo atrás, os celtas e outros seguidores do culto da Grande Mãe ou da Grande Deusa, já atribuíam a ela o poder de determinar o destino dos mortais, tecendo os fios de suas existências, e de dispor de elementos naturais como as trevas e a luz.
Na mitologia criada pelos gregos, Nix, deusa da Noite, uma das divindades primordiais, gera entre outras criaturas as tecelãs do destino: Cloto, Láquesis e Átropos, damas sombrias representadas na literatura, especialmente na poesia clássica, como mulheres de aparência funesta, desempenhando o terrível compromisso de elaborar, tecer e interromper o fio da vida de todos os seres.
Consideradas as ‘Fiandeiras do Destino’, elas tecem o futuro do Homem e dos deuses em um tear especial, a Roda da Fortuna. Ao enrolar os fios da existência dos seres vivos neste instrumento, cada pessoa se encontrará na posição mais almejada, o alto da roda, ou em baixo, na esfera menos desejada, simbolizando os momentos de fortuna ou de má sorte. Nos momentos de necessidade, elas criaram Têmis, deusa responsável pela justiça; Nêmesis, encarregada da ética; e as Eríneas, que detinham o poder de punir os homens; elas cresceram assim como irmãs, educadas pelo Destino. A Moira era compreendida inicialmente como uma unidade, sendo descrita na Ilíada como uma norma localizada acima de tudo e de todos. Na Odisséia ela já representa as fiandeiras, perdendo seu papel singular e conquistando um valor tríplice. As três irmãs, assim, assumem tarefas distintas.
Clotho é a que tece, significando em grego ‘fiar’; ela detém o fuso, manipula-o e estimula o fio da vida a iniciar sua trajetória.
Lachesis avalia os compromissos, as provas e as dores que caberão a cada ser, distribuindo assim entre os homens seus respectivos destinos; ela também sorteava quem partiria para o reino da Morte, denotando no idioma grego ‘sortear’;
Átropos, que tem sob sua égide o poder de romper o fio da vida com sua tesoura encantada; na Grécia seu nome tinha o sentido de ‘não voltar’. As Moiras estão ligadas às etapas essenciais da existência – o início e o final da vida; nascimento e morte; e o casamento.

Entre os romanos elas são conhecidas como Parcas, sendo batizadas de Nona, Décima e Morta, basicamente com as mesmas antigas atribuições, mas agora regendo apenas os mortais. O Destino continua a ser feminino, ligado a momentos próprios da mulher, como o parto, o matrimônio e a morte, a qual também sela o futuro da natureza masculina. Aos poucos o símbolo da Moira foi novamente ganhando um aspecto singular, simbolizando os mistérios do Destino, e muitas vezes ligada à imagem da Fortuna. Hoje ela conserva seu papel de protetora dos partos, e entre alguns é vista ainda em sua essência tríplice, como três velhinhas irlandesas.
Bibliografia
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusasmoiras.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Er%C3%ADniashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Moiras


Fonte: http://www.infoescola.com/mitologia-grega/moiras/

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